domingo, 7 de agosto de 2016

Me enxergando na escuridão


Poucos de fato me vêem
quando as sombras cobrem minha utilidade,
quando a dor rasga minh' alma,
quando a visão se turva
e as lágrimas correm.
Um grito no escuro interrompe o sentido,
então sou cortada da terra dos vivos.
Poucos me enxergam sob as brumas da dor e da solidão.

É mais fácil fugir e ignorar, achar que o problema é todo meu ou sou eu.
Silêncio se faz, não me satisfaz.
E o ar que me falta ainda volta em tempo de me manter viva,
porém invisível.

Sou menos que nada,
uma fracassada.
Palavras não preenchem quem preciso ser, e a distância tortura o pobre viver.

Oculta nas sombras da ignorância questiono motivos, palavras, ações.
Me rendo ao delírio que consome meu ser.
Não mais decido quem vai me ver.
(Angela Natel)




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Me enxergando na escuridão


Poucos de fato me vêem
quando as sombras cobrem minha utilidade,
quando a dor rasga minh' alma,
quando a visão se turva
e as lágrimas correm.
Um grito no escuro interrompe o sentido,
então sou cortada da terra dos vivos.
Poucos me enxergam sob as brumas da dor e da solidão.

É mais fácil fugir e ignorar, achar que o problema é todo meu ou sou eu.
Silêncio se faz, não me satisfaz.
E o ar que me falta ainda volta em tempo de me manter viva,
porém invisível.

Sou menos que nada,
uma fracassada.
Palavras não preenchem quem preciso ser, e a distância tortura o pobre viver.

Oculta nas sombras da ignorância questiono motivos, palavras, ações.
Me rendo ao delírio que consome meu ser.
Não mais decido quem vai me ver.
(Angela Natel)