quarta-feira, 19 de março de 2014

Ah, largue mão!



Ah, largue mão, meu irmão,
dessa mania complicada
de ver sempre o erro do outro
antes de notar sua própria mancada.

A, largue mão, meu irmão,
de querer ser o consciente
o politicamente correto
com atitude incoerente.

Ah, largue mão, meu irmão,
de defender o perdão
só prá se sentir melhor
sem buscar reparação.

Ah, largue mão, meu irmão,
de querer o elogio
e quando não o recebe
tem o outro por vadio.

Ah, largue mão, meu irmão,
de se afastar de quem te ama
porque ouviu o que não queria
ou não gostou do que te chama.

Ah, largue mão, meu irmão,
de rejeitar a correção,
de ignorar o toque dado
e fingir ser santarrão.

Ah, largue mão, meu irmão,
de tratar as pessoas numa panela
como se a pessoa humana
não tivesse nada de singular nela.

Ah, largue mão, meu irmão,
de assumir trabalho que não é seu
reclamando de irresponsabilidade
não dando espaço para o que é meu.

Ah, largue mão, meu irmão,
de querer abraçar o mundo,
de defender o amor
mas no outro pisar fundo.

Ah, largue mão, meu irmão,
de estar sempre no controle, de querer ser deus,
veja se não é tempo, se não está na hora
de respirar, relaxar e olhar pros céus.

Angela Natel - 19/03/2014

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Ah, largue mão!



Ah, largue mão, meu irmão,
dessa mania complicada
de ver sempre o erro do outro
antes de notar sua própria mancada.

A, largue mão, meu irmão,
de querer ser o consciente
o politicamente correto
com atitude incoerente.

Ah, largue mão, meu irmão,
de defender o perdão
só prá se sentir melhor
sem buscar reparação.

Ah, largue mão, meu irmão,
de querer o elogio
e quando não o recebe
tem o outro por vadio.

Ah, largue mão, meu irmão,
de se afastar de quem te ama
porque ouviu o que não queria
ou não gostou do que te chama.

Ah, largue mão, meu irmão,
de rejeitar a correção,
de ignorar o toque dado
e fingir ser santarrão.

Ah, largue mão, meu irmão,
de tratar as pessoas numa panela
como se a pessoa humana
não tivesse nada de singular nela.

Ah, largue mão, meu irmão,
de assumir trabalho que não é seu
reclamando de irresponsabilidade
não dando espaço para o que é meu.

Ah, largue mão, meu irmão,
de querer abraçar o mundo,
de defender o amor
mas no outro pisar fundo.

Ah, largue mão, meu irmão,
de estar sempre no controle, de querer ser deus,
veja se não é tempo, se não está na hora
de respirar, relaxar e olhar pros céus.

Angela Natel - 19/03/2014