domingo, 29 de setembro de 2013

O Tigre e a Leoa

Somos da mesma família
Mas não da mesma espécie
O instinto nos torna iguais
A natureza não.

Não adianta me cercar
Nem tentar me convencer
Não há conversa, nem negociação
Não sou mercadoria, nem produto da sua imaginação.

Podes ser o mais convincente
E conquistar todos ao meu redor
Mas as marcas de suas garras
Ainda estão em minha alma.

Por mais macio que sejas ao falar
Por mais encantador que pareças (e exótico)
Há perigo em acreditar
Nas tuas mentiras e dissimulações.

É a tua palavra contra a minha
Dois animais perigosos
Quem ousa se colocar a favor ou contra
Corre o risco de se machucar.

Mesmo assim sou leoa ferida
E perigosa por isso me tornei.
Vivo à espreita tentando me defender
Na tentativa de sobreviver.

Por isso o maior risco que corro
É o de ficar sozinha
Mesmo assim vivo, não morro
Caçando em minha própria vinha.


(Angela Natel – 29/09/2013)

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O Tigre e a Leoa

Somos da mesma família
Mas não da mesma espécie
O instinto nos torna iguais
A natureza não.

Não adianta me cercar
Nem tentar me convencer
Não há conversa, nem negociação
Não sou mercadoria, nem produto da sua imaginação.

Podes ser o mais convincente
E conquistar todos ao meu redor
Mas as marcas de suas garras
Ainda estão em minha alma.

Por mais macio que sejas ao falar
Por mais encantador que pareças (e exótico)
Há perigo em acreditar
Nas tuas mentiras e dissimulações.

É a tua palavra contra a minha
Dois animais perigosos
Quem ousa se colocar a favor ou contra
Corre o risco de se machucar.

Mesmo assim sou leoa ferida
E perigosa por isso me tornei.
Vivo à espreita tentando me defender
Na tentativa de sobreviver.

Por isso o maior risco que corro
É o de ficar sozinha
Mesmo assim vivo, não morro
Caçando em minha própria vinha.


(Angela Natel – 29/09/2013)