segunda-feira, 24 de junho de 2013

Ei, você


Ei, você que sabe o que quer
Venha e mostre o meu erro
Desentorte o meu caminho
Sem saber como me sinto.

Ei, você em seus sapatos
Atire em mim a sua pedra
Repita vez após vez a mesma falha
E me lembre de que não tenho valor.

Ei, você que é tão experiente
Mais velho, mais sábio e inteligente
Continue me humilhando
E me calando toda vez que me encontrar.

Ei, você que parou de falar comigo
Ou que nunca fez questão de falar
Ou até falou, mas foi para comparar
Afinal, quem sou eu para ser alguma coisa?

Ei, você que só me trata como mercadoria
Serviço prestado, dicionário ambulante
Só me procura quando precisa
De um dos meus serviços prestados.

Ei, você que me encontra e diz: que saudade!
Que bom te ver por aqui, quanto tempo!
Mas nunca moveu um passo em minha direção
Nem ligou, nem escreveu, nem procurou.

Ei, você, sim, você mesmo
Acorde prá sua vida,
você não faz parte da minha
então siga seu caminho para longe de mim.


(Angela Natel – 22/06/2013)

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Ei, você


Ei, você que sabe o que quer
Venha e mostre o meu erro
Desentorte o meu caminho
Sem saber como me sinto.

Ei, você em seus sapatos
Atire em mim a sua pedra
Repita vez após vez a mesma falha
E me lembre de que não tenho valor.

Ei, você que é tão experiente
Mais velho, mais sábio e inteligente
Continue me humilhando
E me calando toda vez que me encontrar.

Ei, você que parou de falar comigo
Ou que nunca fez questão de falar
Ou até falou, mas foi para comparar
Afinal, quem sou eu para ser alguma coisa?

Ei, você que só me trata como mercadoria
Serviço prestado, dicionário ambulante
Só me procura quando precisa
De um dos meus serviços prestados.

Ei, você que me encontra e diz: que saudade!
Que bom te ver por aqui, quanto tempo!
Mas nunca moveu um passo em minha direção
Nem ligou, nem escreveu, nem procurou.

Ei, você, sim, você mesmo
Acorde prá sua vida,
você não faz parte da minha
então siga seu caminho para longe de mim.


(Angela Natel – 22/06/2013)