domingo, 27 de fevereiro de 2011

O cérebro pós-moderno: como as redes sociais nos transformam

Imagens de Bryce Duffy

inovadores neurociencia1 O cérebro pós moderno: como as redes sociais nos transformam

A internet não mudou somente a forma como as pessoas produzem, criam, se comunicam e se divertem. De acordo com o neurocientista Gary Small, diretor do Centro de Pesquisa em Memória e Envelhecimento da Universidade da Califórnia (UCLA), ela altera o funcionamento do cérebro.

“Sob certo aspecto, essa revolução digital nos mergulhou em um estado contínuo de atenção parcial. Estamos permanentemente ocupados, acompanhando tudo. Não nos focamos em nada. (…) As pessoas passam a existir num ritmo de crise constante, em alerta permanente, sedentas de um novo contato ou um novo bit de informação”. Gary Small.

Essa sede por novidades, por consumir toda a informação disponível, é o que ocorre com as redes de relacionamento, segundo a pesquisa do Doutor Small. Ao nos acostumarmos à essa excitação, procuramos estar constantemente conectados. “As redes sociais são particularmente sedutoras. Elas nos permitem constantemente satisfazer nosso desejo humano por companhia e interação social”.

Um estudo que está sendo realizado na Universidade da Califórnia começou a desvendar o efeito que as redes sociais produzem no organismo. Os resultados mostraram que twittar, por exemplo, estimula a liberação de níveis de ocitocina e, consequentemente, diminui os níveis de hormônios como cortisol e ACTH, associados ao estresse. Ou seja, isso significa que o cérebro pode ter desenvolvido uma nova maneira de interpretar as conversas no Twitter. E, de acordo com Paul Zack, esta nova maneira é a seguinte: “o cérebro entende a conexão eletrônica como se fosse um contato presencial”, o que pode justificar a mudança que as redes sociais causaram na forma como nos relacionamos e fazemos amizades.

E como isso se relaciona com nosso vício de checar a todo instante o Facebook? É possível que estas interações online dêem às pessoas o mesmo sentimento e sensação que elas teriam ao encontrar seus amigos cara-a-cara. Se esta hipótese, levantada nos estudos de Paul Zack, se confirmar, temos algumas implicações para as empresas que atuam em mídias sociais. Zack explica melhor o nosso cérebro e suas reações às redes sociais no vídeo abaixo:


YWE1OTQ4MDg1YzA2NzAmb2Y9MA== O cérebro pós moderno: como as redes sociais nos transformam

Empresas como Zappos, Nike, Starbucks e outras com grandes cases de ações inovadoras nas redes sociais, que efetivamente se conectam com seus consumidores online, estarão no topo devido ao que estão construindo: fazendo os consumidores se sentirem como grandes amigos.

Os resultados de pesquisas de neurociência relacionadas às redes sociais, enfim, devem ser tratados como uma ferramenta muito importante para as empresas que querem construir um verdadeiro relacionamento com seus consumidores online.


http://www.pavablog.com/2011/02/25/o-cerebro-pos-moderno-como-as-redes-sociais-nos-transformam/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+pavablog+(PavaBlog)

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O cérebro pós-moderno: como as redes sociais nos transformam

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A internet não mudou somente a forma como as pessoas produzem, criam, se comunicam e se divertem. De acordo com o neurocientista Gary Small, diretor do Centro de Pesquisa em Memória e Envelhecimento da Universidade da Califórnia (UCLA), ela altera o funcionamento do cérebro.

“Sob certo aspecto, essa revolução digital nos mergulhou em um estado contínuo de atenção parcial. Estamos permanentemente ocupados, acompanhando tudo. Não nos focamos em nada. (…) As pessoas passam a existir num ritmo de crise constante, em alerta permanente, sedentas de um novo contato ou um novo bit de informação”. Gary Small.

Essa sede por novidades, por consumir toda a informação disponível, é o que ocorre com as redes de relacionamento, segundo a pesquisa do Doutor Small. Ao nos acostumarmos à essa excitação, procuramos estar constantemente conectados. “As redes sociais são particularmente sedutoras. Elas nos permitem constantemente satisfazer nosso desejo humano por companhia e interação social”.

Um estudo que está sendo realizado na Universidade da Califórnia começou a desvendar o efeito que as redes sociais produzem no organismo. Os resultados mostraram que twittar, por exemplo, estimula a liberação de níveis de ocitocina e, consequentemente, diminui os níveis de hormônios como cortisol e ACTH, associados ao estresse. Ou seja, isso significa que o cérebro pode ter desenvolvido uma nova maneira de interpretar as conversas no Twitter. E, de acordo com Paul Zack, esta nova maneira é a seguinte: “o cérebro entende a conexão eletrônica como se fosse um contato presencial”, o que pode justificar a mudança que as redes sociais causaram na forma como nos relacionamos e fazemos amizades.

E como isso se relaciona com nosso vício de checar a todo instante o Facebook? É possível que estas interações online dêem às pessoas o mesmo sentimento e sensação que elas teriam ao encontrar seus amigos cara-a-cara. Se esta hipótese, levantada nos estudos de Paul Zack, se confirmar, temos algumas implicações para as empresas que atuam em mídias sociais. Zack explica melhor o nosso cérebro e suas reações às redes sociais no vídeo abaixo:


YWE1OTQ4MDg1YzA2NzAmb2Y9MA== O cérebro pós moderno: como as redes sociais nos transformam

Empresas como Zappos, Nike, Starbucks e outras com grandes cases de ações inovadoras nas redes sociais, que efetivamente se conectam com seus consumidores online, estarão no topo devido ao que estão construindo: fazendo os consumidores se sentirem como grandes amigos.

Os resultados de pesquisas de neurociência relacionadas às redes sociais, enfim, devem ser tratados como uma ferramenta muito importante para as empresas que querem construir um verdadeiro relacionamento com seus consumidores online.


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