terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Eventos da adolescência

Como reflexo do testemunho de minha mãe, renunciei a todas as antigas práticas para me render ao senhorio de Jesus Cristo.
Meus pais, minha irmã e eu fomos batizados no mesmo dia quando eu tinha treze anos e começamos a freqüentar assiduamente os cultos numa pequena sala.
Acabei me envolvendo no trabalho como professora de escola dominical, e fiz um curso do ministério Luz do Evangelho junto com a Luz & Vida.

Foi nessa época que li o livro “O homem que calculava”, de Malba Tahan – ótimo.
Fui, com uma amiga de minha mãe, para a praia de Piçarras, onde conheci um menino surdo-mudo que despertou em mim o desejo de começar a aprender LIBRAS (a linguagem brasileira de sinais).
Lá em Piçarras li com senso analítico o livro de Jó, que me impactou profundamente.
Num retiro do Clubinho Bíblico de meninas (no qual minha irmã e eu ainda participávamos) juntamente com o grupo dos meninos, meus primos de primeiro grau por parte de mãe também foram. No sábado à noite, nós quatro fomos a uma casa abandonada no terreno vizinho e bebemos vinho com coca-cola.
Para nosso “azar”, meus pais resolveram visitar o retiro bem naquela hora, e chegaram até o caminho em que estávamos voltando da aventura. Meu pai ficou transformado pela raiva e violência, e lembro que ele bateu muito na minha irmã, como fazia quando éramos menores. Eu respondi algo prá ele e levei meu primeiro tapa na cara, girando 360 graus por causa da torpeza causada pela bebida. Foi uma das piores noites da minha vida e fomos direto para casa, causando um terrível buraco no nosso relacionamento como família.
A partir daí, minha irmã e eu fomos tachadas de “maloqueiras pervertidas”, e fazíamos questão de continuarmos frequentando o Clubinho para demonstrar que estávamos acima disso. Logo mais tarde ela parou de frequentar o grupo, mas eu decidi perseverar e acabar com aquela hipocrisia, que excluía os necessitados e tentava criar perfeitas donas de casa para lares irreais.
Neste período li o livro “Se houver amanhã”, de Sidney Sheldon, o que apurou em muito o meu gosto por heroínas (iniciado com a minha leitura de “Senhora”, de José de Alencar).
Então, em pouco tempo escrevi a primeira parte de um pequeno romance que tinha como protagonistas um jovem casal vivendo um amor proibido (à la Romeu e Julieta).
Enquanto o rapaz era mandado para a guerra pelo comandante e pai da moça, ela, grávida, vive a angústia de perceber que nunca mais reencontraria seu amado. Ele, é claro, morre em batalha ela, aguenta a vida apenas até a chegada do filho que abandona ao suicidar-se ao lado do túmulo do homem a quem amara com tanta dedicação. O livro acaba com o tiro dado em sua têmpora. Um tempo depois escrei a segunda parte, que contava a história do filho do casal da primeira história, sua educação, caráter e casamento. A história terminava com o nascimento da filha deles que recebia o nome da mulher suicida do final da primeira parte.
Mostrei os manuscritos para minha professora de português da sétima série. Ela me incentivou bastante, mas fez alguns comentários que eu ignorei por se tratarem de opinião idelógica e não realmente problemas de clareza estrutura, etc. Infelizmente (ou felizmente, não sei), acabei queimando o original quando percebi que o enredo dava margem para a teoria da reencarnação, contra a qual sempre preguei, mesmo antes de ter uma opinião formada sobre minha fé.
Lembro que eu nutria grande admiração pela cantora pop Madonna, mas não somente pelas suas músicas, mas sua personalidade, sua história, seu jeito de ser. Cheguei a ter todos os LPs dela lançados até então.

Coisas da adolescência...

Um comentário:

Lúcia disse...

Amei “Se houver amanhã”, de Sidney Sheldon!

Eventos da adolescência

Como reflexo do testemunho de minha mãe, renunciei a todas as antigas práticas para me render ao senhorio de Jesus Cristo.
Meus pais, minha irmã e eu fomos batizados no mesmo dia quando eu tinha treze anos e começamos a freqüentar assiduamente os cultos numa pequena sala.
Acabei me envolvendo no trabalho como professora de escola dominical, e fiz um curso do ministério Luz do Evangelho junto com a Luz & Vida.

Foi nessa época que li o livro “O homem que calculava”, de Malba Tahan – ótimo.
Fui, com uma amiga de minha mãe, para a praia de Piçarras, onde conheci um menino surdo-mudo que despertou em mim o desejo de começar a aprender LIBRAS (a linguagem brasileira de sinais).
Lá em Piçarras li com senso analítico o livro de Jó, que me impactou profundamente.
Num retiro do Clubinho Bíblico de meninas (no qual minha irmã e eu ainda participávamos) juntamente com o grupo dos meninos, meus primos de primeiro grau por parte de mãe também foram. No sábado à noite, nós quatro fomos a uma casa abandonada no terreno vizinho e bebemos vinho com coca-cola.
Para nosso “azar”, meus pais resolveram visitar o retiro bem naquela hora, e chegaram até o caminho em que estávamos voltando da aventura. Meu pai ficou transformado pela raiva e violência, e lembro que ele bateu muito na minha irmã, como fazia quando éramos menores. Eu respondi algo prá ele e levei meu primeiro tapa na cara, girando 360 graus por causa da torpeza causada pela bebida. Foi uma das piores noites da minha vida e fomos direto para casa, causando um terrível buraco no nosso relacionamento como família.
A partir daí, minha irmã e eu fomos tachadas de “maloqueiras pervertidas”, e fazíamos questão de continuarmos frequentando o Clubinho para demonstrar que estávamos acima disso. Logo mais tarde ela parou de frequentar o grupo, mas eu decidi perseverar e acabar com aquela hipocrisia, que excluía os necessitados e tentava criar perfeitas donas de casa para lares irreais.
Neste período li o livro “Se houver amanhã”, de Sidney Sheldon, o que apurou em muito o meu gosto por heroínas (iniciado com a minha leitura de “Senhora”, de José de Alencar).
Então, em pouco tempo escrevi a primeira parte de um pequeno romance que tinha como protagonistas um jovem casal vivendo um amor proibido (à la Romeu e Julieta).
Enquanto o rapaz era mandado para a guerra pelo comandante e pai da moça, ela, grávida, vive a angústia de perceber que nunca mais reencontraria seu amado. Ele, é claro, morre em batalha ela, aguenta a vida apenas até a chegada do filho que abandona ao suicidar-se ao lado do túmulo do homem a quem amara com tanta dedicação. O livro acaba com o tiro dado em sua têmpora. Um tempo depois escrei a segunda parte, que contava a história do filho do casal da primeira história, sua educação, caráter e casamento. A história terminava com o nascimento da filha deles que recebia o nome da mulher suicida do final da primeira parte.
Mostrei os manuscritos para minha professora de português da sétima série. Ela me incentivou bastante, mas fez alguns comentários que eu ignorei por se tratarem de opinião idelógica e não realmente problemas de clareza estrutura, etc. Infelizmente (ou felizmente, não sei), acabei queimando o original quando percebi que o enredo dava margem para a teoria da reencarnação, contra a qual sempre preguei, mesmo antes de ter uma opinião formada sobre minha fé.
Lembro que eu nutria grande admiração pela cantora pop Madonna, mas não somente pelas suas músicas, mas sua personalidade, sua história, seu jeito de ser. Cheguei a ter todos os LPs dela lançados até então.

Coisas da adolescência...